terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Clipes e Performances Propagandistas do Diabo

- INTRODUÇÃO


Pink simulando o ritual de iniciação maçônica no VMA de 2009.
Vendada, com o seio e a perna esquerda expostos. Seguido de uma grande comemoração.
Isso é que eu chamo de coincidência.

Bem, em alguns outros posts desse blog, eu já falei sobre propaganda ideológica no século 21 (link), falei do explícito lado maçônico da MTV (link) e depois de como funciona a indústria da música pop (link). 

Se você não leu nada disso, eu acho que antes de ver esses estranhos clipes e performances valeria a pena dar uma olhada, nem que seja apenas pra espiar algumas imagens. Afinal, se você for uma pessoa muito cética com essas ladainhas de illuminati e teorias de conspiração, as imagens abaixo vão parecer pura aleatoriedade inacreditável

Mas não é assim tão aleatório. É proposital. Com intenções de manipulação cultural e masturbação de um orgulho megalomaníaco. Mas se você ainda achar que não existe mais propaganda ideológica e nem arrogância elistista, apenas divirta-se abaixo com GRANDÍSSIMAS COINCIDÊNCIAS.

• LADY GAGA - BORN THIS WAY •

Não posso deixar de começar com a polêmica Lady Gaga. Dessa vez, com implantes de osso na cara e chifres debaixo da pele. Beleza. 

Nasci assim. Diaba.

Pois bem, pra quem já viu o clipe, deve se lembrar que ele tem um começo UM TANTO ESQUISITO.  Esquisitice que a Lady Gaga introduz definindo como "o manifesto da mãe-monstro" ("the manifesto of mother monster").

Nesse começo, com uma orquestra horripilante ao fundo, Lady Gaga narra o nascimento de uma nova raça e novos ideais no universo. 

Um pedaço específico do universo, aliás, chamado G.O.A.T. Em inglês, a palavra "goat" quer dizer "bode" - o bicho da cabeça DO DIABO. Mas isso não quer dizer nada, porque G.O.A.T significa "Government-Owned Alien Territory" (Território Aliegínena do Governo). Aparentemente, a Nova Ordem Mundial está querendo se expandir pelas galáxias.

Quando a Lady Gaga fala "GOAT", aparece essa imagem.
Mas não se trata de um bode, é um útero.

Então, voltemos ao belíssimo nascimento intergalático. Como diz a Gaga, é o nascimento de uma raça dentro da raça humana, uma raça sem preconceitos ou julgamentos e com liberdade sem limites. Isso é muito bonito, e por isso a interpretação oficial é de que o clipe é um grande gesto de apoio à comunidade gay. No entanto, conforme a Lady Gaga narra, ela explica: no mesmo dia, também aconteceu O NASCIMENTO DO MAL ("...another more terrifying birth took place - THE BIRTH OF EVIL"). 


Lady Gaga após parir uma metralhadora.

Após parir sua metralhadora, Lady Gaga explica que a Mãe-Monstro se partiu em duas (faz sentido). Mas então, em seguida, ela tinha que escolher entre o nascimento do BEM ou do MAL. Então, a Lady Gaga explica que parece fácil e inquestionável que se flutue imediatamente na direção do BEM... mas então ela se pergunta: 

Como eu posso proteger algo tão perfeito... SEM O MAL?

É aí que o nosso alarme illuminati dispara.

 Como assim "o mal" é necessário pra proteger "algo tão perfeito"!?

Isso é típico papo furado de pseudo-utopias totalitárias. O tipo de coisa que Hitler falaria pra justificar suas atrocidades. Joseph Stálin. Benito Mussolini. George W. Bush. É a típica ladainha de "mal necessário" que diz que "os fins justificam os meios". 

Pelo visto, pra estabelecer a utópica Nova Ordem, todas as raças do mundo precisam de unir lindamente. Mas por outro lado... a gente vai ter que julgar aceitável que se cometa algumas atrocidades e guerrinhas pra proteger algo tão perfeito

Muito maneiro. Mas não dá muito tempo de pensar no assunto e a música logo começa com a Lady Gaga dançando pra lá e pra cá, incrivelmente gostosa e paradoxalmente conquistando a comunidade gay com suas belas palavras de otimismo.

Orgia de chifrudos.
Aquela clássica brincadeira entre políticos e prostitutas.

Depois de tudo isso, o clipe acaba com um triângulo e um zumbi dentro mascando chiclete. Pra mim, um símbolo de idiotice patrocinada por forças ocultas. Mas de acordo com interpretações esotéricas, os triângulos no começo e no final do clipe representam o começo e o fim de um processo alquímico. O triângulo pra baixo representa o feminino, o passivo, o útuero. O triângulo pra cima, por sua vez, representa o masculino, o fálico, o ativo. 

O unicórnio dentro do primeiro triângulo também tem lá seus significados, mas são meio complicados e nós podemos imaginá-lo apenas como a representação de algo gay. Um unicórnio cintilante. Mas voltando ao assunto gay, vale notar que o triângulo rosa pra baixo era usado pra MARCAR HOMOSSEXUAIS EM CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NAZISTAS

Sendo assim, pros adeptos da interpretação otimista, o clipe quer dizer a "inversão" desse triângulo nazi e homofóbico. E nesse caso, o clipe é todo uma gracinha e tudo vai ficar bem. O começo é só a Gaga sendo estilosa.



Primera cena do clipe.


Final: você virou um zumbi abobado mascando chiclete.
Num triângulo.


• RIHANNA - HARD •

Nossa amiga Rihanna também adora uma bizarrice. No caso dela, não existe lá toda essa áurea satânica da Lady Gaga. Existe mais uma coisa pervertida e estranhamente sado-masoquista. Um ícone bem conveniente pra influenciar uma sociedade impulsiva e insensível, que é explorada e gosta disso.


O símbolo perfeito da idiotização fálica da humanidade:
Aparato militar e orelhinhas de Mickey.
Bem, esse clipe da Rihanna não tem nenhuma historinha - pelo menos não tão elaborada quanto a da Lady Gaga. De qualquer forma, a mensagem é clara: a Rihanna militar é mandona e deliciosamente gostosa

O clipe é cheio dessas coisas. Armas, soldados, explosões e coisas que, na prática, são um tanto horríveis quando efetivamente utilizadas. Mas no clipe, tudo isso não é só estiloso e emocionante... é também SEXY. E quando o apelo é sexual, todo mundo sabe que a propaganda é mais convincente

Manda nimim.

Ou seja: esse clipe é pra tentar forçar insensibilidade e um sentimento positivo com relação a guerras. E ao ver essa Rihanna mandona... duas coisas podem acontecer: ou você fica louco pra obedecer, ou você vai querer estar do lado dela. Bem conveniente pra quem gosta de ficar rico em cima de conflitos internacionais.

Mas espera aí! Não posso deixar de citar "S&M" e "Russian Roulette". Não vou abrir uma nova seção aqui pra eles, mas preciso falar sobre esse lado mais "passivo" da amiga Rihanna.

No "Russian Roulette" (link) o esquema é esse: tortura institucionalizada nos calabouços de um governo totalitário. E não, a música não é tensa e assustadora. É ROMÂNTICA.

Claro, há um tanto de drama, porque nos convencer de que prisão militar é sexy talvez seja forçar um pouco demais. Mas no final das contas, todo o clima e a letra da música são românticos, e parece que rola um pouco de Síndrome de Estocolmo (aquela em que se tem quedinha por sequestradores) entre a Rihanna e seus, bem... donos.

Além disso, eu tenho que mencionar o processo de lavagem cerebral. Pretendo escrever um post sobre isso... mas, resumidamente, o projeto MKULTRA da CIA (que existiu oficialmente nos anos 50 e 60) era um projeto que pretendia criar distúrbios de personalidade nas pessoas com a intenção de controlá-las. E como se faz pra uma pessoa ter dupla personalidade? TRAUMA. 

Afinal, ao sofrer uma tortura e uma degradação absurda, a mente de uma pessoa entra em colapso e ela desenvolve uma segunda personalidade que diz pra si mesma que aquilo nunca aconteceu. Isso é útil pra mandar agentes militares em missões secretas em OUTRA PERSONALIDADE pra depois eles voltarem à vida normal sem se lembrarem exatamente o que aconteceu (estilo "Sob o Domínio do Mal",  de 1962 com remake em 2004). Eu, sinceramente, não consigo imaginar que isso realmente funcione. MAS É OFICIAL: A CIA TENTOU. E esse clipe romantiza todo o drama apaixonado dessas perturbadoras tentativas.


Oi, me apaixonei pelo meu torturador na prisão militar experimental.

Sobre o clipe de "S&M" (link), apesar do nome ser SADOMASOQUISMO, a coisa é bem mais colorida e alegre. E evidentemente, essa é a proposta. Mais uma vez, Rihanna está lá promovendo algumas coisas meio esquisitas: submissão e tesão em sofrer. No contexto do clipe, isso pode ser interpretado de duas formas.

Uma delas, é que é colorido e divertido ser escravo de uma elite sádica e perversa. E isso não é uma metáfora. Pode ter certeza que militares e governantes se divertem bastante com estupros durante ditaduras, e o filme "Salò ou os 120 Dias de Sodoma" (1976, do Pasolini) mostra bem o tipo de desgraça doentia que esses miseráveis curtem pra se sentirem cada vez mais fodões. Soldados invadem casas e levam jovens sortidos para obrigá-los a participar de uma orgia depravada, em que eles são obrigados a ficar nus, comer os próprios excrementos, usar coleiras e latir como cachorros e serem estuprados (inclusive uns pelos outros), torturados e finalmente desmembrados e assassinados no clímax da brincadeira. Se você duvidar que essas atrocidades de fato aconteceram em momentos deprimentes da história da humanidade, você deve achar que vive num mundo decente.

Sadomasoquismo nunca foi tão convidativo.

Bem, a segunda interpretação, é a metáfora. Não se trata de ser efetivamente estuprado e torturado pelos poderosos. Trata-se de uma tortura metafórica. A exploração dos trabalhadores que sustentam corporações e governos gananciosos. Mas isso é legal, multicolorido e sexy. E cercado de câmeras de vigilância.

Se fosse assim, muita gente ia adorar ser "explorado" em escritórios.
Pra finalizar:
Imagens do clipe "Who's That Chick?", condensando bem a mensagem que a Rihanna quer passar.

Sério, por que mais alguém faria isso!?
Alguém do nada perdeu o bom senso e decidiu que tudo isso é muito legal!? 


• BLACK EYED PEAS - IMMA BE ROCKING THAT BODY •

Chega de falar de divas do pop. Falemos agora do que os Black Eyed Peas têm pra nos oferecer.

Eu sou uma abelha.
Com bundinha de tomada.
Pois é, comecemos por esse título: "Imma Be". Isso pode querer dizer duas coisas: "I'mma be" (gíria pra "eu vou ser") ou "I'm a bee" ("eu sou uma abelha"). Primeiro, pra aquecer pro clipe e esclarecer esse papo de abelha, vou contar um pouco da noção de "TRANSHUMANISMO". 

Bem, no movimento transhumanista, acredita-se que é possível e desejável que se "melhore a raça humana" com tecnologia. Existe toda uma filosofia meio mística em torno dessa noção pós-humana, e também uma postura meio elitista: certamente não seriam os pobres que seriam "melhorados pela tecnologia". No final das contas, se algo futurístico do tipo acontecer, pode apostar: as massas seriam pioradas e marcadas com micro-chips rastreadores.

Boate "Baja Beach" em Barcelona. (pode pesquisar)
Instalam micro-chip RFID pros fregueses pagarem as bebidas. E depois serem eternamente rastreados.

P.S.: Acreditem: isso não é só coisa de gringo. JÁ EXISTE NO BRASIL. Leia mais sobre o conceito do micro-chip RFID aqui: "A Ameaça dos Microchops RFID Chega Ao Brasil" (link))


Apesar de existirem esses casos atuais de pessoas com chips e rastreadores debaixo da pele, acho que a população em geral ainda acha tudo isso um tanto assustador. Afinal, cada chip tem uma identificação única, e seria possível rastrear qualquer pessoa com os equipamentos adequados. Muito útil pra bandidos em condicional e coisas assim. Ou então, pra rebeldes que se opuserem ao novo regime totalitário que dominará o planeta. Resumidamente: uma bela proposta pra humanidade.

Sendo assim, pra nos convencer, cá estão os Black Eyed Peas nos mostrando o quanto transhumanismo pode ser maneiro. Basicamente, esse clipe é um comercial pra um produto que logo começará a existir.

Agora, deixa eu explicar logo essa questão da abelha. No transhumanismo, existe um conceito chamado "Hive Mind" ("Mente Colmeia"). A ideia é que, se as pessoas fossem meio máquinas cyborg, elas poderiam ter todas uma única mente unificada. Na psicologia e sociologia, essa noção é parecida com a de "consciência coletiva". Nesse caso, não depende de máquinas. Depende só que as pessoas compartilhem um mesmo conjunto de valores e comportamentos.

Ou seja: a "mente colmeia" representa o fim do indivíduo. Uma massa de pessoas manipuladas que pensam essencialmente igual e se comportam com o abelhas operárias. Com ou sem micro-chips.

Abelhas normais, sem tomadinha na bunda.
Toda essa música se baseia nessa ideia de "ser uma abelha" - e a letra repete isso insistentemente.

Mas ao mesmo tempo, o título inteiro da música é "Imma Be Rocking That Body" (algo como "eu vou agitar esse corpo"). Em outras palavras, "eu vou ser" uma pessoa cheia de alterações tecnológicas no corpo. E na historinha do clipe, isso fica cada vez mais claro.

COMEÇA ASSIM: o integrante Will.I.Am explica pra galera do Black Eyed Peas como funciona uma máquina inteligente capaz de cantar artificialmente com a voz dele. Os outros membros do grupo têm lá suas dúvidas e eles conversam um pouco... entre eles, Fergie fica indignada e começa uma discussão, em que ela fica resmungando que "nós não somos robôs". Ela fica bolada e vai embora de moto... na pressa, ela é atropelada. Tudo fica preto. O clipe recomeça no deserto.

Sinto muito, Fergie. Parece que "a máquina" ganhou de você.

A partir de então, o clipe segue lá com uma longa historinha vaga que envolve robôs dançarinos e um deserto futurístico cheio de sucatas tecnológicas. Fergie está tranformada, dizendo que vai ser ("Imma be") uma porção de coisas. Ao longo da trama, ela vai pegando os outros membros do Black Eyes Peas e todos vão cantando sobre as coisas que eles vão ser e fazer. No geral, sobre ser muito boladão e rico, típico dessas músicas.

Pois bem, após juntar a gangue com todos os integrantes da banda, a música muda um pouco e fica mais melódica. Nesse momento, eles começam a falar "agite esse corpo, vambora!" ("rock that body, c'mon c'mon"). Num nível mais óbvio, eles estão mandando as pessoas dançarem. Mas julgando a capa do single e o começo do clipe, talvez "agitar" o corpo signifique aceitar essa vindoura moda de alterações e upgrades e micro-chips. (em dado momento da letra, Will.I.Am diz que vai ser "the upgraded new negro", o nego novo atualizado boladão)


Tiro musical na galera. Rock that body!
Lá vai o Black Eyed Peas invadir a cidade com suas armas sonoras. Acompanhados de um robô branco (que aparece ali ao fundo na imagem anterior), o pessoal do grupo sai atirando nas pessoas na rua pra elas rockarem o corpo delas. Eis o que acontece:

A princípio, a galera retrô acha meio estranho.
Mas após os tiros musicas, todos começam a fazer a "dança do robô".
(sério mesmo, aquela dança meio durinha e robótica)
Interpretar isso aí é moleza: escute Black Eyed Peas e dance. Ou então, escute Black Eyed Peas e comece a achar maneiro ser um robô. Pelo menos com a Fergie, funciona. Lembra que ela tinha sido atropelada no começo do clipe?

Então, nesse mundo futurístico paralelo, a Fergie é sequestrada por um outro robô aleatório.

Fergie é sequestrada por robô maléfico e enferrujado. 

No entanto, Will.I.Am vai atrás com seu robô branco e bonzinho e consegue socorrê-la. Depois disso, numa batalha final, os dois robôs, o branco (novo e bonzinho) e o preto (velho e malvado), começam a dançar pra ver quem é o mais bolado. Os dois dançam uma coisa meio break-dance e o robô novo é visivelmente superior. O robô velho e enferrujado perde a batalha... e então, sem mais nem menos, ele se desativa. E é exatamente aí que a Fergie acorda.


Robô malvado e velho perde a batalha de danças.

Cena imediatamente seguinte: Fergie atropelada.

E assim a música acaba. Na cena final, o povo do Black Eyed Peas chega correndo e a mina desperta de seus sonhos futurísticos. Quando perguntam se ela tá bem, sabem o que ela diz? Que acabou de ter uma ótima ideia pra um clipe. Parece que ela realmente se deu conta de sua inferioridade com relação às  máquinas modernas.

É isso aí. Agora bora colocar uns chips na mão direita ou na testa, que nem a Marca da Besta 666 no Livro do Apocalipse. Na parte mais maneira da Bíblia, diz que o Anticristo (a representação do diabo na terra) vai exigir uma marca de lealdade e devoção, que todas as pessoas devem usar e sem a qual não de poderão fazer nenhuma transação comercial (!!!).

Ap. 13.17 da Bíblia:

"(…) Ordenou-lhes que fizessem uma imagem em honra à besta que fora ferida pela espada e contudo revivera.


Foi-lhe dado poder para dar fôlego à imagem da primeira besta, de modo que ela podia falar e fazer que fossem mortos todos os que se recusassem a adorar a imagem.

Também obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa,

para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome.

Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Seu número é seiscentos e sessenta e seis."


• BRITNEY SPEARS - HOLD IT AGAINST ME •
(link pro clipe)

Pra finalizar o post, um clipe da querida Britney Spears, que já virou ícone do sofrimento proporcionado pela indústria pop. Mas de acordo com esse clipe, esse sofrimento não se trata apenas da perseguição dos paparazzi.

Britney cercada por seus clipes antigos.
Já no início, a coisa já é meio sufocante: Britney se prepara pro clipe cercada de câmeras e máquinas e dançarinos e maquiadores. Parece que rola umas propagandinhas aqui e ali, de maquiagem e de perfume. Além disso, também, tem umas propagandinhas bem explícitas desses monitores da Sony que a cercam ao longo do clipe. Isso não quer dizer grandes coisas, mas dá uma relembrada: esse clipe aí é um comercial.

Ok, então o simbolismo e as metáforas começam. Britney logo está toda arrumadinha de vestido e aprisionada pelos seus próprios clipes velhos. Aliás, ela não só está cercada, como está SENDO ALIMENTADA POR ELES NA VEIA.


Britney recebendo seus clipes na veia.

Ao longo do clipe, existe também algumas alusões àquele tal projeto MKULTRA de lavagem cerebral. Além da tortura e da degradação, ele também envolve choques elétricos e substâncias químicas na veia. Com isso, gera aquele fenômeno da "dissociação de personalidade". Pra fugir da realidade cruel, a mente humana protege nossa perturbada consciência ao nos oferecer uma nova personalidade.

Curiosamente, no refrão, a música diz que "você parece o paraíso" ("you feel like paradise") e "eu preciso de uma viagem essa noite" ("I need a vacation tonight"). Assim que ela diz isso, ela começa a levitar. E sem mais nem menos, do lado esquerdo, eis um CRÂNIO DE BODE.

Britney escapando da realidade cruel da indústria pop.
Ao fundo, um crânio de bode satânico.

Logo depois disso, o clipe começa a ficar ainda mais cheio de doideira simbólica. Por exemplo, algumas imagens abaixo são representações claras de algum tipo de conflito interno. Seja por causa dessa coisa de sustentar família x sustentar uma carreira pop, seja por causa de experimentos de lavagem cerebral da CIA.


Duas pupilas em um olho só.

Britney com um sorriso completamente falso e forçado.
E terrivelmente assustador.

Britney entrando em colpaso e sangue-de-clipe multicolorido por toda parte.


Enquanto isso, duas Britneys batalham.

Enquanto as duas Britneys lutam, uma nova Britney aguarda no escuro, com uma aparência bem mais sexy e boladona. Afinal, o objetivo de toda essa tortura e conflitos psicológicos é criar algo atraente e comercial. E lembre-se: com música pop ao fundo e uma diva gatinha dançando, a gente tem que achar tudo isso maneiro.

Uma Britney misteriosa e sexy dança no escuro.

Resultado final:
Uma nova Britney cecada de fogo e com roupinha safada de couro.


Sinceramente, eu não entendo por que diabos exatamente fizeram esse clipe assim. Apesar dele oferecer uma interpretação não muito complicada (com esse esquema "cercada de clipes do passado" e "conflitos psicológicos"), nada disso faz lá muito sentido como influência pras nossas vidas normais. Além de maquiagem e perfume e TVs da Sony, não consigo imaginar nenhuma "ideologia" sendo promovida aí.

Talvez seja a coisa de fazer a gente se acostumar com a ideia e achar maneiro, ou talvez seja aquele papo furado illuminati de que essas Ordens ocultas têm a "reponsabilidade kármica" de revelar aos poucos o que eles tanto aprontam.

- CONCLUSÃO

Sei lá, só sei que essas coisas tão ficando cada vez mais estranhas.

E por mais que as pessoas possam olhar pra tudo isso e achar que é tudo aleatório, acho que não se pode negar que toda essa indústria de música pop TEM INFLUÊNCIA na nossa cultura. Sendo assim, por mais vazia e banal que a "arte comercial" possa parecer, acho que ela merece uma interpretação.

Afinal, se é "arte comercial", é porque ela tá tentando vender alguma coisa. E talvez não seja apenas um CD.


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